Pertencer é fundamental, todos pertencem à um lugar. A relação de ser e habitar transmite uma cultura,
o que lhe faz ter valor, que o define. Todos querem ter uma casa, um ambiente seguro para chamar de lar.

Com a missão de pesquisar, documentar, interpretar e comunicar a memória como ferramenta de valorização. Uma das primeiras tarefas foi transformar o registro histórico como objeto de valor, contar histórias como elemento de reconhecimento. Para cada cidadão realocado, aquela terra é particular. Acompanhado de pranto, lamento e perda ouvimos pessoas que são e foram, por meio da memória. Cada vida, formada por suas próprias memórias.

Olhar, aproximar, entender e atuar sobre o território a partir de três dimensões, que sobrepostas, configuram o sentido de lugar. São elas: o território geográfico, que abraça as características físicas do lugar, o território histórico, onde pode-se observar os processos que conformam a evolução do espaço construído pela ação humana e o território imaginário, que representa a forma dos indivíduos entenderem, usarem e se relacionarem com o território que habitam. Materializa o ser e estar no mundo, com suas manifestações artísticas, religiosas, modos de trabalho e produção, suas ações cotidianas e que configuram a base da cultura. A configuração do lugar a partir da sobreposição destas três dimensões conformam uma leitura dialógica do território.
A causa são as pessoas. A ferramenta é a memória.
MEMÓRIA CONTADA
HISTÓRIAS